Bruno da Rosa, gari do município do Rio de Janeiro, foi suspenso do trabalho após a popularização de um vídeo em que ele denuncia abusos cometidos pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) contra seus colegas de profissão. Ele foi uma das lideranças da histórica greve dos garis em 2014 e desde então tem sido vítima constante de todo tipo de perseguição. No vídeo, Bruno exigiu medidas de proteção à vida dos garis, como EPIs adequados, testagem dos trabalhadores da limpeza, afastamento remunerado dos funcionários que apresentam sintomas da Covid-19, dentre outras medidas.
Durante a pandemia, somente após o crescimento das denúncias espontâneas dos trabalhadores da limpeza e do óbito de um gari idoso por covid-19 a Comlurb foi obrigada a acatar parte das reivindicações sanitárias da categoria. Providenciou apenas o mínimo: água, sabão e álcool em gel nos locais de trabalho. No entanto, ao mesmo tempo, a companhia continuou a perseguir os trabalhadores que denunciam irregularidades.
O Sepe Lagos manifesta sua solidariedade a todos os companheiros que, assim como os profissionais da educação, estão sendo obrigados a lutar por reivindicações sanitárias que permitam defender as vidas de quem vive do próprio trabalho. Repudiamos qualquer tipo de repressão ou perseguição política contra lutadores da classe trabalhadora.
Confira o vídeo que motivou a perseguição contra Bruno da Rosa:
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