Nesta quarta à noite, plenária de emergência decidiu manter a mobilização na véspera de ano novo
Dança das cadeiras e promessas não cumpridas
O vice-prefeito Serginho Carvalho (PHS) tem prometido pagar este benefício. Ele assumiu o comando da prefeitura após a justiça determinar o afastamento de Renatinho Vianna, acusado de promover o desmonte da máquina administrativa e dos serviços públicos da cidade.
No entanto, Serginho não cumpriu os prazos prometidos por ele próprio para efetuar os pagamentos. Ao receber uma comissão de base da categoria em seu gabinete na segunda-feira (28), afirmou que o 13º seria quitado na própria segunda, o que não ocorreu. Na ocasião, disse que se o dinheiro não caísse na conta dos trabalhadores na segunda, cairia na manhã de terça-feira. Mas não aconteceu.
Na terça, em uma “negociação telefônica” com uma trabalhadora da base da categoria prometeu que o pagamento seria efetuado até as 13h desta quarta-feira (30). Acreditando nisso, o ato que estava previsto para esta quarta-feira acabou sendo desmobilizado pela própria base do sindicato. E, apesar disso, novamente o pagamento não saiu.
Novo dia de ansiedade e falta de garantias
Ao longo desta quarta-feira, trabalhadores da categoria estiveram em vigília na porta da prefeitura nos períodos da manhã e da tarde para pressionar pela garantia desses pagamentos ainda no ano de 2020. Procurado pelo diretor do Sepe Lagos Augusto Rosa, Serginho prometeu uma reunião às 14h30 com a presença do secretário de educação e de um representante de seu gabinete de governo, porém a reunião também não aconteceu pois o secretário disse que se comparecesse isso atrasaria ainda mais a resolução do problema, pois ele estaria envolvido com os trâmites burocráticos para quitar a folha de pagamentos.
E, entre promessas e prazos descumpridos, passou mais um dia e até o momento os profissionais da educação demitidos não viram a cor deste dinheiro. E, pior, tiveram a notícia, por meio do secretário de educação, de que os valores proporcionais do salário de novembro só serão pagos no próximo governo, mediante a abertura de processos administrativos individuais para cada profissional demitido.
Plenária de emergência decide manter mobilização
Diante dessa total insegurança sobre a possibilidade de que os pagamentos realmente ocorram ainda neste governo, os profissionais da educação presentes na vigília em frente à prefeitura decidiram realizar uma nova Plenária Online, em caráter de emergência, na noite de desta quarta (30). Muitos trabalhadores participaram da reunião.
Na plenária, foi constituída uma comissão que tentará conferir a lista dos demitidos que receberão o 13º salário proporcional pra conferir se todos os setores da educação que foram exonerados estão contemplados pelos pagamentos que a prefeitura afirma que realizará até esta quinta-feira dia 31, véspera de ano novo. O secretário de educação se comprometeu a enviar esta lista para a direção do Sepe Lagos amanhã de manhã.
Pelo informe dado pelo secretário de educação na tarde desta quarta, apenas o 13º salário proporcional será pago ainda em 2020. O restante dos passivos trabalhistas devidos pela prefeitura ficará para próximo governo pagar. Por isso, a direção do Sepe Lagos orienta a todos os profissionais demitidos que abram processos administrativos no próximo mês de janeiro requerendo o pagamento os valores proporcionais aos dias trabalhados no mês de novembro. É importante que os trabalhadores procurem fazer isso o quanto antes. O Sepe Lagos publicará orientações e um modelo de ficha de requerimento para abertura desses processos.
A luta continua em 2021, pelos pagamentos de novembro e pela readmissão dos demitidos!
Na primeira semana de janeiro o sindicato convocará uma nova Plenária Online da rede municipal de Arraial do Cabo para orientar as iniciativas de mobilização e as negociações com o novo governo eleito.
A nova promessa do atual governo é de que o pagamento estará nas contas dos trabalhadores nas primeiras horas desta quinta-feira. O sindicato estará atento para acompanhar isso ao longo do dia.
A lição que fica destes últimos três dias é: a categoria precisa se manter mobilizada nesta quinta-feira, véspera de ano novo, e não acreditar nas promessas e comunicados informais dos governos. Sem pagamento, sem trégua ao governo, independentemente de quem esteja no comando da máquina pública.
Em 2021 também será necessário redobrar a mobilização em defesa da readmissão dos profissionais demitidos e para lutar por um processo seletivo que não obrigue os trabalhadores a se sujeitarem aos desmandos dos políticos locais para conseguirem continuar trabalhando.
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