Todo apoio aos entregadores de aplicativos, motofretistas e mototaxistas de Cabo Frio!

Apoie o movimento e participe do ato neste sábado, a partir das 11h, na Praça Porto Rocha, centro de Cabo Frio.

O Sepe Lagos (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro, Núcleo Lagos) saúda e manifesta sua solidariedade de classe com os trabalhadores motoqueiros que atuam de maneira informal e enfrentando uma enorme precarização das condições de trabalho em serviços de logística — prestando serviços para aplicativos de entregas como iFood, Uber, Rappi, Alfred, dentre outros, ou diretamente para empresas e estabelecimentos comerciais, como motofretistas — e também em atividades de transporte de passageiros, como é o caso dos mototaxistas, que lutam pela regulamentação de sua atividade laboral.

Convocatória

Confira abaixo a convocatória gravada pelos entregadores de aplicativos, motofretistas e mototaxistas para a manifestação que realizarão neste sábado, à partir das 11h, na Praça Porto Rocha:

Estes trabalhadores prestam serviços essenciais à população, sobretudo neste momento de pandemia, e estão corretamente buscando se organizar para lutar contra os baixos valores que são pagos pelos aplicativos e pelas empresas pelos quilômetros rodados a cada entrega. Eles lutam contra os bloqueios arbitrários feitos pelos aplicativos caso eles se eles se neguem a fazer corridas por não compensar financeiramente. Se opõem também ao descaso com as suas vidas, uma vez que os entregadores correm enorme risco de contaminação pelo novo coronavírus, em função da atividade que exercem, que requer uma circulação constante por diversas áreas da cidade e em contato direto com centenas de pessoas por dia.

Estes companheiros não recebem das empresas qualquer tipo de EPI para trabalharem em segurança sanitária. Eles não tem acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Estão sendo massacrados pelos aumentos constantes dos preços dos combustíveis. Esses aumentos representam preços absurdos nas bombas dos postos de gasolina/diesel. No ano, a gasolina acumula um aumento de 34,7% e o diesel de 27,7%. Em Cabo Frio, é corriqueiro encontrar gasolina a R$5,80. O botijão de gás alcança, frequentemente, impressionantes 75 reais. Esse nível de preços não é algo natural e dado. Ele é uma construção consciente e sistemática de governos e empresas.

Esses aumentos fazem parte da política da Petrobras de adotar um suposto “equilíbrio competitivo” com os preços internacionais de combustíveis e que levaram a diversos reajustes nos últimos anos, aumentando os custos para os consumidores e servindo para gerar lucro para seus acionistas privados. Longe de gerar uma “competitividade” para a Petrobrás, a verdade é que essa política de preços só serve para garantir que as grandes empresas privadas estrangeiras possam vender seu petróleo no Brasil, assim como também garantir que a privatizações da empresa avance.

Estes trabalhadores, motofretistas e mototaxistas, também estão entre os que mais sofrem com os aumentos das demais tarifas públicas e de itens essenciais à subsistência, como energia elétrica, água, luz, gás de cozinha e alimentos.

Sua revolta e mobilização é justa e necessária e os trabalhadores da educação estão ombro-a-ombro com estes trabalhadores na luta por melhores condições de trabalho e por uma vida digna.

Todo apoio aos entregadores de aplicativo, motoboys, mototaxistas!

Pelo reconhecimento dos vínculos empregatícios com os aplicativos de entrega!

Pela regulamentação do trabalho dos mototaxistas!

Por salários justos e direitos trabalhistas e previdenciários!

Pela redução imediata do preço dos combustíveis! Abaixo a política de preços da Petrobrás! Não à ofensiva privatista contra a estatal!

O petróleo é do povo brasileiro! Por uma Petrobras 100% pública, estatal e sobre o controle dos trabalhadores!

Sobre duas rodas ou nas escolas, pertencemos à mesma classe trabalhadora!

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