Os profissionais da educação da rede municipal de Armação dos Búzios se reuniram na noite de ontem (20) para mais uma Assembleia Online. Eles avaliaram juntos a repercussão do último ato público realizado pela categoria. Também debateram novas iniciativas para conscientizar a população, com especial enfoque nos riscos de um retorno às aulas presencias. Os educadores estão em greve por condições apropriadas de segurança sanitária e infraestrutura, pelo fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados à prevenção do coronavírus e por políticas públicas para o controle da pandemia.
Dentre vários informes, foi enfatizada a realização na última semana da primeira reunião da Comissão de Valorização dos Servidores, da qual a direção do Sepe Lagos participou junto a outras entidades representativas, como o ServBúzios e as associações dos fiscais e dos guardas municipais. Esta primeira reunião teve objetivo de iniciar os trabalhos da comissão, com uma apresentação de seus componentes e organizando a dinâmica do órgão. Uma das primeiras ações será a formulação de novas propostas para os PCCRs (Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações).
A direção do Sepe Lagos também informou a categoria sobre a proposta de protocolo sanitário que o sindicato está formulando para a rede municipal de Cabo Frio, em parceria com a Frente em Defesa da Educação Pública de Juiz de Fora (MG), da qual participam educadores e pesquisadores da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e com colaboração também de integrantes do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para o enfrentamento da COVID-19 da UFRJ campus Macaé. Em Cabo Frio a proposta já está em discussão com a Secretaria Municipal de Educação e a intenção do Sepe Lagos é construir iniciativas semelhantes nas outras redes municipais onde o sindicato atua: Búzios e Arraial do Cabo. As propostas elaboradas pela entidade estão adequadas às evidências científicas mais recentes sobre o novo coronavírus e suas variantes e responde de maneira mais eficiente à realidade concreta das escolas da rede pública. Em breve o sindicato disponibilizará a versão definitiva deste projeto, em formatos E-book e PDF.
Também foi dado informe sobre o apoio financeiro realizado pelo Sepe Lagos, por meio do fundo de greve da categoria, aos trabalhadores da educação de Búzios e de Cabo Frio que foram perseguidos pelos governos, sofrendo cortes salariais, por lutarem nas greves sanitárias em defesa da saúde e das vidas das comunidades escolares. O sindicato continuará disponibilizando este apoio, para saber mais sobre o assunto clique aqui.
A avaliação geral da Assembleia foi de que o último ato foi muito importante para dar visibilidade à greve e às demandas dos educadores. Porém, foi informado que a prefeitura já está convocando profissionais para o retorno presencial, sobretudo entre os profissionais contratados, ignorando a situação epidemiológica.
Frente à insistência do governo em manter a política irresponsável de retorno presencial sem condições, os profissionais votaram uma série de novas ações coletivas, que serão implementadas pela direção do sindicado com apoio do Comando de Greve da categoria.
Confira abaixo algumas das principais propostas aprovadas pelos educadores buzianos:
• Manutenção da greve sanitária, com os trabalhadores continuando a realizar o trabalho remoto, mas se negando ao comparecimento presencial nas escolas, como forma de pressionar pela implementação de medidas que garantam condições sanitárias, infraestrutura, EPIs e a adoção de ações eficientes para o controle da pandemia por parte da prefeitura;
• Circulação do carro de som pelas ruas da cidade por pelo menos 2 dias na semana, passando por um bom itinerário a ser definido pelo Comando de Greve, com mensagens sobre a situação da pandemia, as condições precárias das escolas e exigindo que a Secretaria de Educação e a Prefeitura negociem com o sindicato;
• Criar uma comissão para elaboração de uma carta-manifesto apresentando à população de forma geral, os ataques implementados pelo governo à educação pública, às condições de trabalho dos educadores e à própria função social das escolas;
• Produção de uma reportagem sobre a deficiência de recursos tecnológicos para o ensino remoto ou híbrido;
• Apresentar no Conselho Municipal de Educação (CME) as demandas relacionadas à necessidade de auxílio tecnológico.
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