Seme de Cabo Frio adiou a audiência com Sepe sob alegação de “agenda inesperada” na capital

Trabalhadores das escolas municipais realizarão nova assembleia na segunda (2/10) para avaliar a negociação com o governo Magdala e tomar decisões sobre possível paralisação

A Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio (Seme) surpreendeu a direção colegiada do Sepe Lagos ao adiar, mais uma vez, a audiência agendada para hoje (29/9). A decisão unilateral foi comunicada ao sindicato por meio de ofício enviado ontem (28/9), ao final da tarde (17h19), véspera da reunião, pela secretária Rejane Jorge. De acordo com a subsecretária Maria Raquel Rosa, a razão seria uma “agenda no Rio” sobre a qual a secretária só teria tomado conhecimento ao final do dia.

O encontro se daria após o prazo de 15 dias solicitado pela própria gestora da pasta com o objetivo de lhe permitir dialogar novamente com a prefeita Magdala Furtado (PL) sobre a pauta de reivindicações da categoria. Essa estranha protelação, mesmo após a categoria acatar o prazo pedido pela secretária, intensificam as incertezas e a ansiedade entre os profissionais da rede municipal.

A pauta de reivindicações abarca 22 itens que dizem respeito a direitos de todos os trabalhadores das escolas (docentes e funcionários administrativos). As respostas mais recentes sobre o documento frustraram enormemente os trabalhadores, pois a prefeita e seu secretariado recuaram abruptamente do atendimento várias demandas com as quais já haviam se comprometido.

Um exemplo foi a devolução financeira dos descontos de greve sofridos pelos trabalhadores entre 2022 e 2023, que a Seme garantiu que executaria na última folha de pagamentos, mas não o fez sob a justificação de “falta de tempo”.

Nova assembleia e possível paralisação

A próxima semana será decisiva para determinar os rumos das negociações e as ações da categoria diante de tamanho descaso. Com o adiamento, também na segunda-feira (2), o sindicato realizará uma nova assembleia em ambiente virtual, cujo formulário para inscrições será divulgado em breve.

No sábado, 16/9, a categoria já havia aprovado em assembleia uma proposta de paralisação de 24 horas caso a reunião de hoje não avançasse nas negociações. Essa data precisará ser revista devido à nova agenda, mas se intensificam a indignação e a vontade de resistir às injustiças praticadas pela prefeitura com o não atendimento das reivindicações, que em grande maioria não faz mais que solicitar que o governo cumpra as leis como os Planos de Carreira e pisos salariais.

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