A direção colegiada do Sepe Lagos tem uma audiência com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) agendada para a próxima segunda-feira, 22 de janeiro. O encontro será com o promotor André Luiz Noira Passos da Costa, que está temporariamente designado como responsável pela 2º Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio. A pauta da reunião é a morosidade para o empossamento dos aprovados no concurso de 2020 da Prefeitura de Cabo Frio e as vagas reais da rede municipal de ensino.
O sindicato tem acompanhado a questão de forma incisiva. Na última semana, a professora Denize Alvarenga, coordenadora da entidade, esteve monitorando o concurso de remoção da rede. O Sepe elaborou um levantamento detalhado das vagas reais disponíveis e da carência de profissionais na educação de Cabo Frio e apresentará estes dados ao procurador.
Alguns dos concursados chegaram a ser convocados em julho do ano passado. Dispenderam recursos pessoais para a realização dos exames clínicos exigidos e até hoje não puderam tomar posse de seus cargos. É o caso de vários inspetores de alunos, auxiliares de classe, secretários escolares e docentes. Os exames realizados por estes trabalhadores, custeados com seus próprios recursos, já perderam validade devido à negligência do Governo Magdala.
No final do mês de dezembro o Sepe Lagos também denunciou a situação numa importante audiência judicial no Fórum da Comarca de Cabo Frio, diante da juíza Sheila Draxler, titular da 2ª Vara Cível do município. O sindicato espera que a Justiça decida pela garantia dos direitos dos concursados.
Diálogo cada vez mais difícil
A avaliação da direção do Sepe Lagos é de que a atuação do governo Magdala Furtado em nada difere do que vinha sendo feito antes da posse da vice-prefeita. O sindicato tem enviado reiterados ofícios solicitando audiência que são completamente ignorados pela gestora municipal.
Somente na última terça-feira, depois de meses ignorando o sindicato que desde outubro não conseguia uma nova audiência, a secretária de educação Rejane Jorge respondeu a um dos ofícios do Sepe. A gestora agendou reunião para o dia 25 de janeiro, às 14h, em seu gabinete.
Categoria pode iniciar o ano de 2024 em greve
No dia 1º de fevereiro a categoria se reunirá em assembleia. Os profissionais decidirão o que fazer diante da postura de Magdala de não convocar os concursados e manter a educação com zero reajuste desde o ano passado, ignorando os pisos salariais e planos de carreiras e se recusando completamente a dialogar com o sindicato.
Em 6 de dezembro, a educação de Cabo Frio havia deliberado por manter-se em Estado de Greve. A decisão final sobre o início ou não do movimento paredista será tomada neste encontro próximo. A assembleia será presencial, na sede do Sepe Lagos (Rua da Conspiração, nº 85, Bairro Guarani – Cabo Frio), mas também há possibilidade de participação online para os trabalhadores que não puderem comparecer.
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