Hoje o Sepe Lagos, junto com trabalhadores da Rede Estadual, acompanhou as visitas da secretária de educação do Rio de Janeiro Roberta Barreto às unidades de ensino de Cabo Frio. Pela manhã, aconteceram protestos no Instituto de Educação Prof.ª Ismar Gomes de Azevedo e no C. E. Miguel Couto, ambos situados no centro de Cabo Frio. Nas primeiras horas da tarde, a manifestação aconteceu no C. E. Prof. Renato Azevedo, no bairro Guarani.
O sindicato esteve presente com uma faixa que denunciava: “Piso Não é Teto! Cláudio Castro, respeite nosso Plano de Carreiras”. Além disso, os trabalhadores realizaram um “colaço” de cartazes e adesivo nos portões e interiores das unidades de ensino. Os impressos expressavam cobranças pelo pagamento do reajuste do Piso para todos os educadores, exigiam a revogação do “novo” Ensino Médio e denunciavam os desvios de recursos da educação por meio de compras superfaturadas e sem licitação.
No C.E. Miguel Couto, a equipe de segurança de Roberta Barreto tentou impedir que os trabalhadores entrassem na unidade de ensino com seus cartazes e faixa. Não conseguiram. Os trabalhadores entraram e permaneceram durante toda a visita no interior da escola, protestando.
Já no C.E. Prof. Renato Azevedo, os trabalhadores se adiantaram e chegaram na unidade minutos antes da secretária. Todo o saguão principal da escola foi ornamentado com cartazes e adesivos de protesto. Diversos professores, funcionários e estudantes apoiaram a ação, adesivando-se com as exigências pelo Piso e contra o NEM.
Estranhamente, a direção da unidade decidiu não utilizar o palco e o equipamento de som preparados para receber a secretária. A equipe diretiva recepcionou Roberta não no saguão de entrada da escola, onde os estudantes e trabalhadores da escola estavam, mas numa diminuta “sala de matemática”, cujo o acesso se dá por uma porta na lateral do edifício, e onde a entrada de pessoas foi controlada.
Galeria de imagens dos protestos do Sepe Lagos durante a visita de Roberta Barreto a Cabo Frio (passe para o lado)
Somente cerca de uma hora depois, quando a mobilização dos trabalhadores começou a se desmobilizar, foi que a secretária saiu do referido ambiente e foi conduzida pela direção da unidade à biblioteca. No caminho, Roberta Barreto não conseguiu disfarçar a enorme raiva que estava sentindo devido à presença do sindicato e à mobilização dos estudantes e profissionais da escola. Intempestivamente, a gestora arrancou um dos cartazes do sindicato que estava no corredor próximo ao refeitório. O material dizia “Piso é lei! Carreira também! Cumpram, já! ‘Compensação’ é manobra!”. Claramente, Roberta estava irada por ter sido atrapalhada de armar seu picadeiro demagógico.
Causou indignação o fato de que Roberta foi recebida com presentes e clima festivo enquanto os profissionais amargam a negação de direitos como o Piso Salarial e o Plano de Carreiras e os estudantes tem o seu futuro gravemente comprometido com a destruição curricular promovida pelo “novo” Ensino Médio.
O Sepe Lagos não deixará de mobilizar categoria em defesa do pagamento do Piso e de valorização para todos os funcionários escolares em nenhuma situação. Antes de se esconder em salas diminutas e arrancar cartazes, a secretária deveria se preocupar em não prosseguir com sua política de destruição do ensino médio e em cumprir o que determina as leis que regem o Piso do magistério e o Plano de Carreiras da educação. Se o fizesse, talvez ela não teria se sentido tão descontente com a forma como foi recebida em Cabo Frio como ocorreu hoje.
Castro e Roberta são inimigos da educação! Fora, já!
Pelo cumprimento do Piso com sua correta aplicação em todos os níveis da carreira!
Que nenhum funcionário escolar receba menos que o salário mínimo!
Pela imediata revogação do ‘novo’ Ensino Médio (NEM)!
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