Governo Magdala não envia representante apto a negociar em audiência de dissídio de greve

Essa postura é mais uma prova da irresponsabilidade da Prefeitura diante das urgências da educação municipal

Na tarde de hoje (16/10), foi realizada a audiência na ação judicial de dissídio de greve referente à última paralisação da categoria, realizada em 26 de setembro e finalizada na manhã do dia seguinte, com a prefeitura ingressando com ação judicial para tentar criminalizar o movimento.

Na audiência de hoje, o conflito entre os trabalhadores da educação e a Prefeitura de Cabo Frio foi analisado com maiores detalhes pela presidência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), numa oportunidade crucial para a resolução dos impasses relativos à luta do Sepe Lagos contra o “reajuste zero”, a terceirização da alimentação escolar e por um Plano de Carreiras Unificado da educação.

No entanto, a prefeitura simplesmente não enviou nenhum representante habilitado para discutir nossa pauta de reivindicações ou, ao menos, para tratar dos temas práticos relacionados à greve, como a questão dos possíveis descontos salariais e da reposição dos dias parados.

Essa atitude da gestão municipal representa uma clara falta de comprometimento com os trabalhadores da educação e uma desconsideração dos direitos dos servidores, que mesmo injustamente impedidos de realizar greve seguem mobilizados em defesa de melhores condições de trabalho e salários dignos.

Também denota que o Governo Magdala Furtado (PV) não parece muito interessado em lidar com questões básicas da administração pública, principalmente após sua esmagadora derrota eleitoral.

A ausência de um representante apto a negociar numa audiência dessa importância é mais uma prova da postura de negligência que o governo local adotou ao longo de todo o processo de negociação que culminou na greve. A prefeitura ignorou mais uma importante oportunidade de diálogo e conciliação. Em vez de buscar uma solução justa para o conflito, a prefeitura se exime de suas responsabilidades, agravando ainda mais a crise na educação municipal.

Diante desse cenário, a Direção Colegiada do Sepe Lagos e o departamento jurídico da entidade reafirmam seu compromisso com a defesa processual pela legalidade do movimento grevista, que visa garantir os direitos de todos os profissionais da educação de Cabo Frio e defender os postos de trabalho das cozinheiras escolares bem como a qualidade e a lisura na gestão da alimentação oferecida em nossas escolas. O sindicato continuará firme na luta para que a pauta de reivindicações da categoria seja finalmente atendida.

O Sepe Lagos orienta aos trabalhadores que se mantenham unidos e determinados a pressionar o governo municipal, resistindo aos seus ataques, pois somente com uma negociação justa e transparente será possível garantir o cumprimento de nossos direitos e uma educação de qualidade para os filhos da classe trabalhadora.

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