Sepe Lagos fez protesto na porta do Ibascaf contra o desvio de recursos e parcelamento de salários

Na manhã de quinta-feira (16/1), o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro – Núcleo Lagos (Sepe Lagos) realizou um novo ato de protesto em frente ao Instituto de Benefícios e Assistência aos Servidores Municipais de Cabo Frio (Ibascaf). A categoria protestou contra a proposta de parcelamento dos salários apresentada pelo prefeito Sérgio Azevedo (PL) e exige punição aos responsáveis pelos desvios de recursos ocorridos na gestão anterior, comandada pela ex-prefeita Magdala Furtado (PV).

A manifestação desta quinta-feira se soma ao ato realizado na quarta-feira (15), em frente à Prefeitura Municipal. Os servidores buscam pressionar o poder público a encontrar uma solução para a crise financeira que afeta o funcionalismo público em Cabo Frio, garantindo o pagamento integral dos salários e a apuração rigorosa dos crimes cometidos contra a administração pública.

Além de protestar contra o parcelamento dos vencimentos, os manifestantes também reforçam a demanda por punição exemplar aos envolvidos nos desvios de recursos públicos ocorridos na gestão anterior. A categoria pede a prisão e o confisco dos bens de Magdala Furtado e de todos os demais envolvidos no esquema criminoso.

Durante o ato, o presidente do instituto, Sérgio Aureliano, chegou a falar brevemente no microfone do carro de som do Sepe Lagos, mas se recusou a receber uma comissão de trabalhadores que buscava entregar-lhe um requerimento. O documento solicitava que Aureliano assumisse, por escrito, o compromisso de cumprir as promessas feitas em seu discurso.

Sérgio, indicado ao cargo pela atual gestão, afirmou que a administração municipal havia obtido recursos financeiros. No entanto, esses valores seriam destinados ao pagamento de empréstimos consignados dos servidores, em vez de priorizar os salários. A notícia revoltou os trabalhadores, que são os que enfrentam nas suas contas bancárias, dispensas e geladeiras a verdadeira situação de “calamidade” imposta pelo atual prefeito e a ex-prefeita Magdala. Ouvir isso enfrentando dificuldades para comprar alimentos, medicamentos e pagar contas básicas, como aluguel, água e luz, foi algo que fez os ânimos dos servidores se exaltarem.

Após a reação negativa da categoria, o presidente declarou no microfone que solicitaria ao prefeito que priorizasse o pagamento dos salários antes de quitar os consignados. Contudo, ele se recusa a formalizar esse compromisso por escrito, gerando ainda mais insatisfação.

Este protesto faz parte da agenda de mobilizações da greve por tempo indeterminado, iniciada em 15 de janeiro.

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