Presidente da Câmara de Cabo Frio, Vagne Simão, ignora pedidos do Sepe Lagos para uso da Tribuna

O uso da Tribuna Livre na Câmara Municipal é um direito democrático historicamente conquistado pelo povo cabo-friense. Vagne Simão (PL), ao ignorar ofícios do Sepe Lagos, fere frontalmente o Regimento Interno do Legislativo

Desde o início de 2025, o Sepe Lagos protocolou três ofícios formais solicitando o uso da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Cabo Frio, conforme previsto no artigo 187 do Regimento Interno da Casa. Os documentos foram enviados nos dias 7 de janeiro, 5 de fevereiro e 8 de abril, sempre com o objetivo de apresentar à sociedade e aos vereadores questões de extrema relevância para a Rede Municipal de Ensino. Apesar disso, o atual presidente do Legislativo, Vagne Azevedo Simão, conhecido como Vaguinho, não respondeu aos pedidos da entidade representativa dos profissionais da educação.

Regimento Interno atropelado

O artigo 187 do Regimento Interno da Câmara é claro ao assegurar o direito de entidades civis organizadas ao uso da Tribuna Livre, desde que enviem ofício com a documentação exigida e tratem de tema de interesse do município. O Sepe Lagos cumpriu todos os requisitos legais, como sempre o fez em todas as ocasiões anteriores em que fez uso da Tribuna Livre, inclusive reiterando o pedido e solicitando audiência formal com o presidente da Casa. Ao não responder e não agendar o uso da tribuna, Vaguinho age de forma autoritária, desrespeitosa e antidemocrática, numa evidente tentativa de silenciar os trabalhadores da educação e impedir o debate público sobre os problemas enfrentados nas escolas.

O que Vaguinho teme ouvir?

Ao tentar censurar o Sepe, Vaguinho barra a representação legal de centenas de profissionais da educação, servidores públicos que vivenciam na pele o descaso com a estrutura das escolas, a ausência de um plano de carreira digno, o encolhimento da renda gerado pela política de “reajuste salarial zero” que se arrasta já há 3 anos, a falta de profissionais para atender a demanda das escolas que se agrava com a não convocação dos concursados e a falta de organização e transparência do atual Processo Seletivo.

Negar espaço a uma entidade legalmente constituída, com mais de 40 anos de história e sede própria na cidade, é demonstrar intolerância ao contraditório e desprezo pela escuta da sociedade civil organizada — uma postura típica de gestões autoritárias.

Silêncio que faz ensurdecer

Enquanto o presidente da Casa Legislativa cerceia o Sepe Lagos, os demais vereadores se mantêm calados, endossando com o silêncio a exclusão de uma entidade que desde o final dos anos 1970 representa milhares de profissionais da educação. Essa omissão revela mais preocupação em servir aos interesses do prefeito do que em garantir espaços de diálogo democrático sobre as reais demandas da cidade.

A quem serve essa mordaça?

Não se trata apenas de burocracia ou atraso administrativo. Trata-se de censura institucional planejada. Enquanto o Sepe Lagos é silenciado, vereadores usam a tribuna para fazer elogios ao governo municipal, mesmo diante dos inúmeros desafios enfrentados pela população. O Legislativo não pode se limitar ao papel de endossar ações do Executivo. Cabe à Câmara ser espaço de escuta, crítica e deliberação — com abertura à participação popular.

A categoria precisa reagir

Diante desse cenário de autoritarismo e desrespeito, é urgente que a categoria se mobilize. Não podemos aceitar calados o bloqueio de um direito previsto em Regimento e garantido pela democracia. A Tribuna Livre não é favor, é conquista. Participe das assembleias, ajude a pressionar o Legislativo e defenda o direito democrático do Sepe Lagos falar sobre a realidade da educação pública!

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